14 de Maio | 18h30

“Sophia de Mello Breyner Andresen”
de Isabel Nery

Com Isabel Nery
Moderação de João Gobern
Hotel Quinta das Lágrimas
Entrada Livre

“Eu não acredito na biografia, que é a vida contada pelos outros. No fundo, a única biografia que eu tenho é a que está na minha poesia.”
Sophia de Mello Breyner Andresen

A jornalista Isabel Nery traz-nos no seu novo livro, a primeira biografia de Sophia de Mello Breyner Andresen, editado no ano em que se assinalou o centenário do seu nascimento (2019). A autora percorreu lugares e pessoas que fizeram parte da sua história, como o Porto, a Grécia, Lagos, a Travessa das Mónicas na Graça, ou a pequena ilha de Föhr, no mar do Norte, de onde Jan Andresen, seu bisavô era originário, ou entrevistando mais de 60 pessoas, do pescador José Muchacho, ao amigo Manuel Alegre, até ao ensaísta Eduardo Lourenço, passando por companheiros das letras e da política, família, tradutores e investigadores. Só assim foi possível completar a biografia que faltava sobre a primeira portuguesa a receber o Prémio Camões e a única mulher escritora com honras de Panteão Nacional, a quem muitos gostavam de ter visto atribuído o Prémio Nobel.

“Se alguém me perguntar se consegui encontrar Sophia nesta busca quase insana entre testemunhos, livros, arquivos – e lugares –, não sei se saberei responder. Acredito que me aproximei como poucos”. Isabel Nery

© Marcos Borga

Isabel Nery

Jornalista, ensaísta e investigadora em Jornalismo Literário, Isabel Nery estreou-se no género Biografia com o livro Sophia de Mello Breyner Andresen (2019). É autora de várias obras de não-ficção, entre elas o livro de reportagem As Prisioneiras - Mães Atrás das Grades (2012); o ensaio Chorei de Véspera - Ensaio sobre a Morte, por Amor à Vida (2016) e Política e Jornais – Encontros Mediáticos (2004).

O seu trabalho tem sido usado em diferentes formatos: a reportagem Vida Interrompida (2011) percorreu o país como exposição itinerante e os últimos dois livros foram adaptados para curtas-metragens da autoria da realizadora Margarida Madeira (Os Prisioneiros, com estreia no Cinema São Jorge em Janeiro de 2015 e Ensaio Sobre a Morte no Cinema Ideal em Janeiro de 2019).

Enquanto jornalista, passou pela televisão, diários e semanários, tendo trabalhado quinze anos (até 2017) na VISÃO, onde escreveu para as secções de Sociedade, Internacional e Política e foi editora da revista VISÃO Júnior. Manteve colaboração com publicações internacionais, como o jornal holandês De Correspondent. O trabalho de Isabel Nery foi já distinguido com uma dezena de prémios, entre eles o Prémio Mulher Reportagem Maria Lamas, o Prémio Jornalismo pela Tolerância, o Prémio Paridade Mulheres e Homens na Comunicação Social, e o Prémio Jornalismo e Integração, da UNESCO.

Actualmente é vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e aluna de Doutoramento, com tese sobre Jornalismo Literário e Neurociências, tendo sido coordenadora de um núcleo de investigação em Jornalismo e Literatura no Clepul, centro de investigação da Faculdade de Letras de Lisboa. Enquanto investigadora, publicou ensaio na área do Jornalismo e apresentou comunicações em várias instituições portuguesas e estrangeiras, entre elas a Universidade de Harvard e o King´s College, Canadá.

João Gobern

Nasceu em Agosto de 1960, na clássica Maternidade Alfredo da Costa. Viveu em Campo de Ourique – a que regressaria adulto – até ao êxodo familiar rumo aos Estoris. Cresceu com vista para o mar e com espaço aberto para futebóis e coboiadas. Estudou Direito até ao momento em que os jornais falaram mais alto. Começou no jornal A Capital, mudou-se para o Se7e, assentou praça no Correio da Manhã Rádio. Retornou ao vespertino antes do desafio de O Independente. Foi director do Se7e (1991-1994), transitando para a Visão. Preparou o lançamento da Focus, onde foi director-adjunto. Dirigiu a TV Guia. Foi o director fundador da revista Sábado. Colaborou na Música & Som, em O Ponto, em O Jornal, no Semanário, na revista Bravo, no Blitz, no DNA (Diário de Notícias), no Diário Económico, na Máxima, na Vogue, no Record, no Correio da Manhã e no Diário de Notícias. Escreveu ficção para a revista do i. Escreve, sempre que pode, nas revistas Visão História e Máxima, bem como no suplemento Must (do Jornal de Negócios). Na rádio, passou também pela Rádio Marginal, pela RFM, pela Rádio Comercial, pela TSF e pela Rádio Energia. Na televisão, colaborou no Vivámúsica e em Teledependentes, escreveu guiões para programas especiais, como a emissão de despedida dos estúdios do Lumiar, sempre na RTP. Na Antena 1, realizou, em parceria com Pedro Rolo Duarte, o programa Hotel Babilónia, e assinou uma crónica diária, Pano Para Mangas (que deu origem a um livro). Actualmente, divide com Margarida Pinto Correia a responsabilidade pelo programa Encontros Imediatos e, a solo, Bairro Latino. Integra, desde a época futebolística 2012/2013, o painel de comentadores do Trio d’Ataque (RTP3). Publicou em 2016 o livro Quando A TV Parava o País, que se seguiu a Pano Para Mangas, em 2014, e Boca Doce, em 2006. Tem mais livros em carteira… e a caminho. Tenta aproveitar a qualidade de vida da Póvoa de Varzim, outra vez com vista para o mar.